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Mostrando postagens de março, 2017

Freire e as novas feições da Hegemonia cultural

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A s contribuições de Paulo Freire não só à pedagogia, mas ao Ser do educador serão sempre de grande valor. "Ensinar exige estética e ética"; "Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo"( Pedagogia da Autonomia ). Estes e muitos outros são ensinamentos preciosos e atemporais. Mas é preciso levar em conta o contexto histórico no qual Freire escreveu seus livros e concebeu seu pensamento, justamente para compreender nosso próprio contexto e adaptar o que for preciso.  Penso que justamente esta recontextualização do pensamento freireano em relação ao momento atual é um grande campo de pesquisa em filosofia da educação. Em 2015 gravei algumas anotações em vídeo sobre isso:   https://youtu.be/rHB1M9Bwa9o E seguem aqui mais alguns comentários sobre o conteúdo do vídeo: Diferente da época de Freire, não há mais a preocupação em "esconder" uma educação crítica das classes menos favorecidas. Isso não é mais perigoso. Naquel
Revisitando escritos. Este ensaio é resultante de uma comunicação apresentada no VII Seminário Nacional Mulher e Literatura , em 24 de setembro de 1997, na Universidade Federal Fluminense – UFF.  E teve como objetivo apresentar um certo aspecto de minha dissertação de Mestrado, Balada Embalante . As figuras femininas na fase mística de Plínio Marcos Partindo do entendimento da fase mística — Madame Blavatsky , Jesus-Homem e Balada de um palhaço — de Plínio Marcos como uma mudança de foco , que passa do diálogo ao espetáculo — indicadora não de uma descontinuidade ou de uma degeneração, mas sim de uma positividade dramática de caráter propedêutico —, construímos uma análise das figuras femininas dessa fase. Num primeiro momento, centramos nossa análise na figura da cigana — que aparece tanto em Balada de um palhaço como em Madame Blavatsky — para então analisarmos outras personagens estabelecendo relações de continuidade. Balada narra a trajetória de um palhaço em
Revisitando meus texto ensaísticos de crítica de Arte. Copos plásticos transparentes... Copos plásticos transparentes, destes descartáveis, e canudos que encontramos em bares, sobre as mesas, sempre a nossa disposição... Nada mais banal, nada mais invisível na nossa cotidianidade. São como os edifícios da cidade por onde passamos, sem, na maioria das vezes, nos percebemos deles. Eles estão lá, expostos, dados a disposição de nosso olhar, mas não o vemos. A jovem Giane Nazário, tomando estes objetos invisíveis e inscrevendo uma pequena mensagem, Eu não te esperava, a mão, por meio de um carimbo, com tinta off-set, procura repor o objeto, mas não só, no campo da visibilidade. A jovem, também, escolheu um lugar de passagem, da cotidianidade do intervalo escolar: o bar do CEART, na UDESC. Tal ambiente propicia a aleatoriedade da descoberta, ou seja, da visibilidade dos objetos, pois nem todos, ao sorverem seus líquidos, darão conta de que os copos e os canudos trazem uma mensage
Mais um dos meus textos derivados de reflexões a partir de situações de aula. O óbvio e o título. A tela do meu computador informa: 23:48. Sinceramente, tentei dormir logo que cheguei. Até liguei meu sonífero tradicional: a TV. Nada! Aquela frase: “Não entendi nada”, reverberava no meu íntimo. Ruminei possibilidades... Enfim, não consegui — a inquietação era grande —, fustiguei o teclado! Pensei na situação seguinte: —   Não é possível! Pelo menos sobre o que o texto fala você sabe! —   A verdade. —   Então, você sabe alguma coisa! —   Claro, é o título!. Será que é claro? Vamos pensar no que está por trás da proposição: “Claro, isto é o título!”. Primeiro, um menosprezo pelo título. Aqui foi esquecida uma regra de qualquer manual de redação: “Deixe o título por último.” Você já se perguntou o por quê desta regra? Vamos a uma situação simples. Um professor, digamos o de história, solicitou uma pesquisa sobre o Renascimento. — Ora, é um assunto de História. Vou olha

Para uma boa atuação em sala de aula

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S er um bom professor não se resume a ter um bom método, ou dominar o conteúdo. No cotidiano da escola, uma grande aula depende de um feixe de elementos distintos, cujas possibilidades de combinação são múltiplas e que muitas vezes vai além daquilo que podemos controlar. Quando todos estes elementos confluem, temos uma atuação não só boa, mas excelente. E que elementos são estes? A meu ver, são pelo menos 6: Um método - sem dúvida, a ação pedagógica deve partir de uma intuição sobre como fazer. Mesmo a aula mais livre, que dependa totalmente  da interação dos alunos, sustenta o método de guiar-se pelas interações dos alunos e ver o que ocorre. Métodos podem e devem ser testados. Cada aula nos permite observar o funcionamento de uma metodologia e refiná-la aos poucos. O conteúdo - obviamente, o que se ensina afeta diretamente o educando, desperta maior ou menos afinidade, pois cada um é único. Mas também o esforço por encontrar conteúdos pertinentes faz parte da aproximação educador-e

Mais um evento na UFSC

Mais um evento na UFSC -Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) promove aula magna no dia 20 de março   O Departamento de Filosofia e o Programa de Pós-Graduação em Filosofia promovem aula magna no dia 20 de março com o professor Denis Coitinho (Unisinos/CNPq). O encontro será no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), às 19h, e contará com o lançamento do livro “Contratos & virtudes: por uma teoria moral mista”. Antes, das 14h30 às 17h, haverá discussão do livro. Mais informações no  http://filosofia.ufsc.br/  .
Eis ouro texto que escrevi faz um tempo, quando dava aulas no curso de Pedagogia da Univali -Universidade do Vale de Santa Catarina                         UM EXERCÍCIO: SUAS POSSSIBILIDADES E OS PROBLEMAS ENCONTRADOS Carlos Euclides Marques               Ao começar a correção do exercício proposto na última aula (31.08.2000), logo percebi alguns equívocos... Assim sendo, resolvi apresentar, por escrito, uma possibilidade de execução do mesmo, tomando apenas as primeiras partes: epígrafe e introdução . Optei por uma mescla de comentário e explicação , pois, ao propor o exercício, disse que vocês poderiam falar a partir do texto , dando suas primeiras impressões .             Primeiramente, todo bom texto — particularmente, o acadêmico — gerado tendo outro como suporte, deve dizer isto para seus leitores. Desta forma, podemos começar do seguinte modo: ·        Esta atividade procura mostrar nossas reflexões geradas pela leitura do capítulo 5 — Educação e pedagogia —, do