O baixo número de mulheres na Filosofia Acadêmica
No último dia 08 tivemos mais uma passagem da data do dia
internacional da mulher. Muitas, com certeza, foram as homenagens recebidas por
nós pelo Brasil e mundo e muitos também são os desafios diários que enfrentamos
por compartilharmos essa condição. Condição enquanto modo de ser, não como algo
que nos torna menor frente ao mundo, muito pelo contrário.
Dentre esses desafios estão, inclusive, o de superar os
estereótipos de ideal de mulher presente no discurso de nosso presidente da
república.
Mas, e como é a condição do ser
mulher na filosofia enquanto atividade acadêmica em nosso país? Isto é, na
ocupação de cargos de professor das nossas universidades, nas publicações
acadêmicas da área, etc. Infelizmente, não somos muitas no ensino superior e
nessas publicações. Segundo a pesquisa realizada por Marta Nunes da Costa, em nosso país
as mulheres não chegam a ocupar 25% das vagas de ensino superior em Filosofia
nas Universidades Federais. Essa realidade também se mostra em outros países,
inclusive nos considerados desenvolvidos.
Mas, por que
isso? Quais são as dificuldades para superar essa condição?
A pesquisa
disponível no link a seguir buscou respostas para essas perguntas. Como você
verá aí, a autora, como típica da área da filosofia, mostrará a amplitude das
questões que envolvem esse tema e delineará caminhos para uma possível solução.
Aliás, a ampliação da problemática dessas questões já é, como você verá, parte
desse caminho.
P.S. O tema aqui é a filosofia acadêmica, pois a filosofia
enquanto atividade de reflexão profunda e justificada racionalmente, essa, com
certeza, faz parte do ser, independente do sexo, gênero, raça, condição
econômica etc.
Link para o artigo: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/1677-2954.2016v15n1p110/32307
Muito bom Carmelita! De fato, meus alunos do ensino médio vez por outra me perguntam: "Mas professor, não tem filósofas?" Assim, é importante não só que valorizemos a presença das mulheres na filosofia acadêmica hoje, mas também que tornemos a referência a grandes pensadoras algo mais frequente em nossos currículos e planos de ensino.
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